Por Natália Tavares de Azevedo - pesquisadora da UFPR

Estiveram presentes cerca de 200 pessoas, entre pescadores artesanais, representantes da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Ministério Público Estadual, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Rede Puxirão, Colônia de Pescadores de Matinhos, Colônia de Pescadores de Guaraqueçaba, Instituto Federal do Paraná, Universidade Federal do Paraná, Defensoria Pública da União, Defensoria Pública do Estado do Paraná, Deputado Estadual Tadeu Veneri e Deputado Estadual Péricles de Mello, entre outros presentes.

No início das atividades, os pescadores artesanais fizeram uma encenação mostrando o processo de criminalização de suas práticas que acontece desde 1989, quando foi criado o PARNA Superagui. A proibição das roças, gerando insegurança alimentar entre as famílias, e a proibição de diversas artes de pesca, como o cerco e a rede de manjuba, foram denunciadas como motivadoras do êxodo da população das comunidades pesqueiras para as cidades e desarticuladoras de seus modos de vida.
Não bastasse essa repressão às comunidades do Parque Nacional de Superagui e de seu entorno, em junho desse ano foi criado o Parque Nacional Marinho da Ilha de Currais, por meio de projeto de lei encaminhado pelo legislativo federal, sem o processo de consultas e audiências públicas e sem levar em consideração, portanto, o uso feito da área pelas comunidades tradicionais pesqueiras da região.

Todas essas ações e iniciativas compõem o processo de organização dos pescadores e pescadoras artesanais do Litoral do Paraná em torno da Campanha Nacional pela Regularização do Território das Comunidades Tradicionais Pesqueiras, embaladas pelas palavras de ordem anunciadas pelos pescadores paranaenses: “Na Terra e no Mar, nós vamos lutar!”.
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